quinta-feira, maio 03, 2007

Calmaria desnecessária.

Muita coisa andando, e eu ainda me mantendo a deriva.

Ondas altas, e eu apenas boiando, deixando as coisas se acalmarem ainda mais. Quem sabe assim, sou capaz de olhar o horizonte e ver realmente um ponto que eu queira chegar.

Não estou perdida. Só está perdida aquela que sabe onde deve ir ou estar, e não só não sei como não sei se quero saber.

É melhor ficar assim, boiando... obviamente a auto-crítica me come por completa, mas nada tão belo como um ser deteriorado por dentro fazer de conta que nada o abate... apenas subindo e descendo em ondas.

Todos os dias antes de dormir vejo Hécate, e sempre tenho um milhão de coisas a agradecer... mesmo assim o vão do nada sempre assola. A frustração de depender dos outros, de um ser a deriva ainda depender de tábuas de navios alheios, tendo a certeza de que suas mãos seriam mais eficazes (mas, como de costume, contradizendo-se, pois a estafa não permite que mãos já enrugadas nadem com a gana necessária).

E cá estou eu, nesse mar sem fim, impotente diante de Poseidon, Zéfiro... do próprio céu. Impotente perante o mundo...

Apenas a deriva...